Logística e Cadeia de Suprimentos

Aula

História da Logística e Cadeia de suprimentos

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Na primeira aula vamos apresentar o que espera-se de um curso de logística, os livros recomendados e um pouco da história por trás desta matéria

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O Curso

Desenvolver conceitos e habilidades que auxiliarão o aluno a compreender e utilizar ferramentas relacionadas à cadeia de suprimentos, logística, gestão de compras (públicas e privadas) , gestão de estoques, recursos patrimoniais, almoxarifado, distribuição e transporte.

Para o aluno:

- GONÇALVES, Paulo. Administração de materiais. Elsevier Brasil, 2017;

- Presença será cobrada;

- Haverá teste e prova.

Para o professor:

- CONTADOR, J. C. Gestão de Operações. Ed. Edgar Blücher. São Paulo. 1990.

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- GIANESI, IRINEU GN; CORRÊA, IGN; CAON, M. Planejamento, programação e controle da produção: MRPII/ERP conceitos, uso e implantação. São Paulo, Atlas, 1997.

Introdução

“Administrar materiais é uma atividade que vem sendo realizada nas empresas desde os primórdios da administração. Ela tomou um grande impulso a partir do momento em que a logística se estendeu muito além das fronteiras das empresas, tendo como principal objetivo atender às necessidades e expectativas dos clientes”

- GONÇALVES, Paulo

Cadeia de suprimentos

A competição em escala global, onde os produtos tem vida útil cada vez mais curta e os consumidores expectativas cada vez mais altas fez as empresas focarem sua atenção na cadeia de suprimentos (supply chain). Em uma típica cadeia de suprimentos, a matéria prima assim como os produtos acabados são produzidos em diferentes locais, transportados para distribuidoras e depois enviados para consumidores ou varejistas. Consequentemente, para reduzir o custo e melhorar os serviços, estratégias de cadeias de suprimentos eficazes estuda as interações em diversos níveis. [2]

Vamos definir administração da cadeia de suprimento:

> O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conjunto de abordagens utilizadas para integrar eficientemente fornecedores, fabricantes, armazéns e lojas, para que a mercadoria seja produzida e distribuída na quantidade correta, aos locais certos e no momento certo, a fim de minimizar os custos do sistema enquanto satisfaça os requisitos de nível de serviço.[2]

Várias definições de uma cadeia de suprimentos foram oferecidas nos últimos anos, já que o conceito tem ganhado popularidade. O Dicionário APICS descreve a cadeia de suprimentos como:

- dos processos desde as matérias-primas iniciais até o consumo final do produto acabado vinculando empresas fornecedoras; e

- as funções dentro e fora de uma empresa que permitem que a cadeia de valor faça produtos e fornecer serviços ao cliente

A importância de seu estudo é devido ao custos dos materias em uma empresa industrial. Em pesquisa publicada gazeta mercantil em 1991, mais de 50% dos custos de uma empresa industrial se encontra nos materiais e serviços.

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Mas também devemos deixar claro o que NÃO é cadeia de suprimento. Ela não é os seguintes itens:

- gestão de inventário;

- gestão de logística;

- parcerias com fornecedores;

- uma estratégia de remessa;

- gerenciamento de distribuição;

- o canal de logística;

- gestão de contratos;

- um sistema informático.

E também ten-se os seguintes itens como problemas que impedem ocorrer uma administração da cadeia de suprimentos:

- Falta de diretrizes para criar alianças com parceiros de cadeia de suprimentos.

- Falha em desenvolver medidas para monitorar alianças.

- Incapacidade de ampliar a visão da cadeia de suprimento além da aquisição ou distribuição de produtos para abranger processos empresariais maiores.

- Incapacidade de integrar os procedimentos internos da empresa.

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- Falta de confiança dentro e fora de uma empresa.

- Resistência organizacional ao conceito.

- Falta de buy-in por altos executivos.

- Falta de sistemas integrados de informação e comércio eletrônico que ligam as empresas.

História da Cadeia de Suprimentos

Na década de 1980, as empresas descobriram novas tecnologias e estratégias de fabricação que lhes permitiu reduzir custos e competir melhor em diferentes mercados. Estratégias tais como fabricação just-in-time, kanban, fabricação enxuta, gerenciamento de qualidade total, e outros se tornaram muito populares, e grandes quantidades de recursos foram investido na implementação dessas estratégias. Nos últimos anos, no entanto, tem torne-se claro que muitas empresas reduziram os custos de fabricação próximo ao máximo possível. Muitas dessas empresas estão descobrindo que o gerenciamento da cadeia de suprimentos é o próximo passo que eles precisam tomar para aumentar o lucro e Quota de mercado. [3]

Caso na indústria têxtil

Devido à intensa competição na indústria de têxteis e vestuário em todo o mundo, líderes no vestuário dos EUA formou o Crafted With Pride no USA Council em 1984 [4]. Em 1985, Kurt Salmon Associates foi encarregado de realizar uma análise de cadeia de suprimentos. Os resultados do estudo mostrou o tempo de entrega para a cadeia de fornecimento de vestuário, desde matérias-primas até consumidor, foi de 66 semanas de duração, onde 40 semanas foram gastos em armazéns ou em trânsito. A longa cadeia de suprimentos resultou em grandes perdas para a indústria devido ao financiamento do inventário e à falta do produto certo no lugar certo no tempo certo.

O resultado deste estudo foi o desenvolvimento da estratégia de resposta rápida (QR). QR é uma parceria onde os varejistas e os fornecedores trabalham juntos para responder mais rapidamente às necessidades dos consumidores, compartilhando informação. Ocorreram alterações significativas como a adoção do código UPC pela indústria de compras e um conjunto de padrões para o intercâmbio eletrônico de dados (EDI) entre as empresas. Os varejistas começaram a instalar sistemas de verificação de ponto de venda (POS) para transferir informações de vendas rapidamente para distribuidores e fabricantes.

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Hewlett-Packard

Implementou mudanças na distribuição física do produto e um novo sistema de planejamento de necessidades de distribuição (DRP). O sistema DRP registra pedidos de clientes com previsões e serve como o início para puxar a cadeia de suprimentos. [5]

Wal-Mart

A empresa iniciou sua própria iniciativa de cadeia de suprimentos trabalhando diretamente com fabricantes chave. Os fabricantes são responsáveis pelo gerenciamento do inventário de armazém do Wal-Mart, denominado vendor managed inventory (VMI). Em troca, a Wal-Mart espera cerca de 100% de taxas de cumprimento de pedidos nesses produtos. A KMart e outros grandes varejistas implementaram VMI similar. [6] Percebe-se um movimento similar nas Lojas Americanas, ao clicar em um produto em seu site é possível escolher o fornecedor!

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Conclusão

Para começar a administrar toda a cadeia de suprimentos, as empresas devem considerar as seguintes diretrizes em

seus planos e implementação: [3]

- Realizar link entre a estratégia da cadeia de suprimentos com a estratégia global de negócios para alinhar as iniciativas da cadeia de suprimentos para as empresas objetivos.

- Identificar os objetivos da cadeia de suprimentos e desenvolver planos para assegurar que cada processo seja individualmente capaz de atender aos objetivos da cadeia de suprimentos.

- Desenvolver sistemas para ouvir sinais de demanda do mercado e planejar de acordo, incluindo mudanças em padrões de pedidos e mudanças na demanda devido às promoções dos clientes.

- Administrar as fontes de abastecimento, desenvolvendo parcerias com fornecedores para reduzir os custos de materiais e receber materiais conforme necessário.

- Desenvolver redes de logística personalizadas adaptadas a cada segmento de clientes.

- Desenvolver uma estratégia de sistemas de informação da cadeia de suprimentos que possa suportar a tomada de decisão em todos os níveis da cadeia de suprimentos e oferecer uma visão clara do fluxo de produtos.

Referências

[1] GONÇALVES, Paulo. Administração de materiais. Elsevier Brasil, 2017

[2] SELL, Supply Produce Distribute. Introduction to supply chain management. 1999.

[3] LUMMUS, Rhonda R.; VOKURKA, Robert J. Defining supply chain management: a historical perspective and practical guidelines. Industrial Management & Data Systems, v. 99, n. 1, p. 11-17, 1999.

[4] Kurt Salmon Associates Inc., 1993, Efficient Consumer Response: Enhancing Consumer Value in the

Grocery Industry, Food Marketing Institute, Washington, DC.

[5] Hammel, T.R., Kopczak, L.R., 1993, " Tightening the supply chain ", Production and Inventory

Management Journal, 34, 2, 63-70.

[6] Johnson, M.E., Davis, T., 1995, " Gaining an edge with supply chain management ", APICS - The

Performance Advantage, 5, 12, 26-31